quarta-feira, 25 de abril de 2012

Eventos marcam o Dia em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho

Em Natal, por iniciativa do CEREST, também serão realizadas palestras e a 1ª Caminhada do Trabalhador
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Foto: Divulgação
No dia 28 de abril, reverencia-se o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidente de Trabalho e Doenças Profissionais. A data foi instituída pela Organização Internacional do Trabalho – OIT, em 2003, a partir de um movimento que se originou no Canadá e que, aos poucos, ganhou expressão mundial, impulsionado pelo movimento sindical. No Brasil, para assinalar a passagem da data, SINDIPETROS de todo o País estarão realizando mobilizações. O objetivo é cobrar da Petrobrás e das demais empresas do setor, garantia de vida aos trabalhadores próprios e terceirizados, nas unidades petrolíferas, em todo o Brasil.

Em Natal, por iniciativa do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador – CEREST, também serão realizadas palestras e a 1ª Caminhada do Trabalhador. A palestra acontece nesta quinta-feira, 26 de abril, às 10h, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores na Educação – SINTE. Já, a caminhada, com destino ao Parque das Dunas, está programada para sábado, 28 de abril, com concentração às 7h, no Corpo de Bombeiros (Av. Alexandrino de Alencar). Ao final da atividade, serão oferecidos serviços de saúde, aula de ginástica, orientações jurídicas, atrações culturais, além de palestra sobre saúde do trabalhador.

Segundo estimativas da OIT, ocorrem, no mundo, cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho por ano, além de aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. Essas ocorrências chegam a comprometer 4% do PIB mundial. Em um terço desses casos, cada acidente ou doença representa a perda de quatro dias de trabalho. Dos trabalhadores mortos, 22 mil são crianças, vítimas do trabalho infantil. Ainda segundo a OIT, todos os dias morrem, em média, cinco mil trabalhadores, devido a acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho.

Com informações da FUP e do sítio da FUNDACENTRO

sábado, 21 de abril de 2012

Encontro Nacional Projeto Vidas Paralelas


O Projeto Vida Paralelas - Cultura e Saúde do Trabalhador (PVP) promove de 23 a 25 de abril, o Encontro Nacional Projeto Vidas Paralelas – PVP e de 27 a 29 de abril o Encontro Nacional Projeto Vidas Paralelas Indígena –PVPI. Ambos os encontros acontecem no RM Hotel Fazenda, Rodovia DF-440 -km 1 –Núcleo Rural de Sobradinho a 34 km da rodoviária (Centro de Brasília).
Na sexta-feira, dia 27 de abril, com a conferência Interculturalidade, educação e saúde indígena o Encontro Nacional do PVP Indígena será aberto na UnB, no Auditório 3, da Faculdade de Medicina, às 9h30. Todas as demais atividades da programação serão realizadas no RM Hotel Fazenda, em Sobradinho-DF.

O PVP é um projeto governamental do Ministério da Cultura desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde, Ministério das Comunicações,
Universidade de Brasília e a Rede Escola Continental de Saúde do Trabalhador – REC-ST. Colaboram com esse projeto centrais sindicais, sindicatos de trabalhadores, pontos de cultura, os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador-CRST, além de organizações do controle social. A coordenação nacional é da professora da UnB, Maria da Graça Hoefel, do Departamento de Saúde Coletiva (DSC).

A iniciativa se ancora em um processo de formação em cultura digital e na construção de espaços socioculturais articulados, especialmente com universidades brasileiras.O projeto tem a educação popular como eixo teórico-metodológico e a cultura digital como ferramenta, através da qual se desenvolve metodologia específica para orientar o processo de formação em inserção digital dos trabalhadores e trabalhadoras de diferentes segmentos: parteiras, camponeses, povos indígenas, movimentos sociais, pesquisadores, estudantes indígenas e não indígenas de todo o Brasil. São produzidas, segundo suas próprias vivências, fotografias, vídeos e textos que alimentam grande rede social, intensificando o diálogo entre trabalhadores de todos os cantos do país. O projeto possibilita revelar as condições laborais dos segmentos envolvidos ao tempo em que investe no resgate das tradições e artes populares, por meio da inclusão digital.
Na UnB, o PVP é vinculado ao Departamento de Saúde Coletiva (DSC) e numa ação pioneira e multidisciplinar, agrega professores do Departamento de Enfermagem (ENF) e do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS). Essa parceria interna estendeu os objetivos do projeto aos estudantes indígenas da UnB resultando em nova versão do projeto original, o Projeto Vidas Paralelas Indígena – PVPI, que se farão representar no encontro nacional por dez etnias de todo o Brasil: Tupinikim, Macuxi, Atikum, Kariri-Xocó, Pataxó, Xucuru, Baré, Piratapuia, Potiguara, e Fulni-ô
Pautados na construção coletiva e valorização dos distintos saberes, na promoção da autonomia dos sujeitos, na indissociabilidade entre o ensino-pesquisa-extensão e no comprometimento com a transformação da sociedade, os Encontros abrem espaços de articulação, reflexão e consolidação das redes sociais articuladas e fortalecidas por ambos os projetos (PVP e PVPI).
Os encontros de abrangência nacional vêm consolidar todo o trabalho desenvolvido com os grupos e representantes envolvidos de todo o país: trabalhadores,
Universidades Federais, Rede Escola Continental em Saúde do Trabalhador (REC-ST), movimentos sociais, CERESTs, pontos de cultura, conselhos de saúde, centrais sindicais, CISTs, parteiras, camponeses, estudantes e lideranças indígenas dos povos Tupinikim, Macuxi, Atikum, Kariri-Xocó, Pataxó, Xucuru, Baré, Piratapuia, Potiguara, Fulni-ô, professores e pesquisadores vinculados ao PVP e os convidados representantes do Ministério da Cultura, Ministério da Saúde e
Ministério das Comunicações.
INFORMAÇÕES DE CONTATO:
Graça Hoefel – DSC/UnB – gracahoefel@gmail.com
Silvéria Santos – ENF/UnB – silveria@unb.br - 84088358
Denise Severo – PPGCS/UnB – rec.coordped@gmail.com - 81442287
Luana Lima – DSC/UnB – luanalima.oliver@gmail.com – 31071951

terça-feira, 3 de abril de 2012

Falta de segurança torna Correios e casas lotéricas alvos fáceis de bandidos

jose_ferreira_dos_correiosO Rio Grande do Norte vive atualmente uma grande crise na segurança pública, onde faltam policiais, viaturas, investimentos em tecnologia e inteligência das polícias, dentre outras carências, colocando em riscos a integridade das pessoas e do patrimônio público, com os frequentes assaltos e furtos que assolam a população.
Como exemplo do caos na segurança, basta tomar como base a grande quantidade de assaltos cometidos contra postos de combustíveis, residências, veículos e populares, que diariamente viraram notícia em quase todas as cidades do Estado. No entanto, nada é tão preocupante quanto os assaltos cometidos contra casas lotéricas e agências de Correios, principalmente nos municípios do Vale do Açu e região Oeste.
Dados da Polícia Federal apontam que existem mais de 170 postos de Correios no RN e 160 deles já foram assaltados uma ou mais vezes. Nas regiões do Médio e Alto Oeste, quase que diariamente esses estabelecimentos são vítimas da ação dos marginais, somando um prejuízo enorme aos cofres públicos e causando transtornos a funcionários e clientes, vítimas dos ladrões.
O vice-presidente do Sindicato dos Correios do RN, José Ferreira de Azevedo Filho, em entrevista ao O Mossoroense, contou que a categoria tem tentado se mobilizar no sentido das agências colocarem segurança, ampliar o circuito de câmeras dos estabelecimentos que já dispõe e instalar as que ainda funcionam primitivamente.
"Os Correios são uma mina de ouro desprotegida, sujeitos ao ataque da bandidagem a qualquer momento. Não há seguranças em nossos postos e o funcionário tem que fazer de tudo um pouco na hora do expediente", destacou.
Para Ferreira, uma das maiores reivindicações da categoria é a presença de vigilantes nas agências, no entanto a direção do órgão, que agora trabalha em parceria com o Banco Postal, do Banco do Brasil, ignora o pedido e os assaltos seguem ocorrendo sem que nada possa ser feito.
"Nós recebemos um relatório da PF, correspondente a fevereiro de 2010 e fevereiro deste ano, indicando com riqueza de detalhes as áreas mais críticas onde os roubos são mais frequentes, porém dois dias depois de termos recebido o documento, os números já estavam desatualizados", disse.
Para o sindicalista, a saúde psicológica e física dos funcionários está abalada, onde muitos deles estão de licença, afastados ou se tratando dos traumas sofridos pós-assalto. "Muitas agências já foram assaltadas mais de uma vez e os funcionários ameaçados de morte pelos bandidos. Em uma das agências da região Oeste, que já foi alvo dos bandidos mais de uma vez, na última vez quando os elementos anunciaram o assalto, a funcionária desmaiou só em ouvir a palavra do criminoso e não viu mais nada", concluiu José Ferreira.
Agências recordistas em assaltos, segundo a Polícia Federal
Relatório da Polícia Federal, enviado ao Sindicato dos Correios, aponta que algumas agências já foram assaltadas várias vezes e pelos mesmos elementos. São unidades do interior e da capital que despontam como recordistas nos assaltos.
De acordo com José Ferreira, vice-presidente do Sindicato dos Correios do RN, recentemente dois elementos armados invadiram e assaltaram uma agência na capital e quando o bandido rendeu o funcionário disse que se ele acionasse o alarme, como da última vez, mataria a todos.
"Se não bastasse, o criminoso prometeu voltar, dizendo que da próxima vez não vai querer levar mixaria. Isso tudo é um reflexo da falta de segurança nas agências, onde os criminosos já sabem que não vão ter problemas nenhum em realizar os assaltos", destacou.
No entanto, o representante sindical destaca como recordista de assaltos às agências de Ipanguaçu, Baraúna, Governador Dix-sept Rosado, Caraúbas e Janduís, onde cada uma delas nos últimos dois anos já foi assaltada pelo menos quatro vezes, com exceção de Ipanguaçu, oito vezes vítima dos assaltos e Baraúna, seis vezes.
"O caso mais grave é o de Ipanguaçu, visitada oito vezes pelos criminosos, somando um prejuízo muito grande para os cofres públicos. Baraúna também tem sido alvo fácil dos ladrões, devido à facilidade geográfica na hora da fuga, fazendo divisa com o Ceará e muito recortada por estradas carroçáveis", concluiu.
Casas lotéricas são assaltadas com frequência na região do Médio Oeste
Outro alvo fácil dos bandidos na região Oeste são as casa lotéricas. Por não terem seguranças, elas são visitadas constantemente pelos assaltantes, principalmente nos município do Médio Oeste, onde somente de janeiro para cá cinco lotéricas foram saqueadas.
Municípios como Caraúbas, Messias Targino, Itaú, Rodolfo Fernandes e Tabuleiro Grande tiveram as lotéricas assaltadas recentemente. O caso mais grave é o do município de Caraúbas, onde a casa lotérica Talimã foi assaltada duas vezes em pouco mais de um mês.
A última investida dos criminosos ocorreu no dia 23 de março, quando os elementos armados de revólveres em uma motocicleta, encapuzados, invadiram a lotérica, localizada no centro comercial de Caraúbas e fizeram o "rapa" no caixa registrador, levando R$ 5.400,00.
Com os assaltos, a população está apreensiva em procurar os serviços das casas lotéricas e dos Correios, com medo da ação dos marginais.
O Mossoroense