quarta-feira, 28 de março de 2012

Por Wagner Gomes
 
É difícil imaginar iniciativa mais inoportuna para o movimento sindical que a campanha contra a contribuição sindical lançada pela CUT na segunda-feira, 26, em Campinas (SP). A proposta, dotada de inegável viés liberal, é polêmica e exclusivista. As outras centrais com maior representatividade entre os trabalhadores e reconhecidas pelo Ministério do Trabalho (Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CGTB) defendem a contribuição, que corresponde ao desconto anual de um dia de trabalho dos assalariados, e repudiam a atitude cutista.

Não pretendo neste espaço entrar no mérito da concepção da CUT sobre o tema. Comungo, com ampla maioria dos sindicalistas brasileiros, a convicção de que o fim da contribuição compulsória vai enfraquecer os sindicatos e, por consequência, o movimento social. O problema maior é a (in)oportunidade política da campanha, que evidentemente divide as centrais e, com isto, reduz a força e o protagonismo da classe trabalhadora na vida nacional.

O Brasil e a crise mundial

Vivemos um momento singular da história humana, no mundo e no Brasil, marcado pela maior crise do sistema capitalista desde a Grande Depressão em 1929 e a franca decomposição da ordem imperialista fundada após a 2ª Grande Guerra sob a hegemonia dos Estados Unidos. O Brasil não está à margem da crise, que contribui para a desaceleração da nossa economia, comprometendo o emprego e os salários dos que trabalham, e impulsiona a desindustrialização.  

A nação se defronta com o desafio e quem sabe a oportunidade de promover transformações sociais mais profundas para sanar males estruturais da nossa sociedade e contornar as ameaças decorrentes da crise mundial do capitalismo. Ganha força a necessidade de realizar mudanças na política macroeconômica, ainda hoje ancorada no tripé conservador da austeridade fiscal, juros altos e câmbio flutuante, uma herança da controvertida Carta aos Brasileiros de junho de 2002.

Grito de Alerta 

A mobilização popular que as centrais realizam através do Grito de Alerta contra a desindustrialização, em aliança pontual com empresários do setor produtivo, vai nesta direção e merece todo nosso apoio. Através dela também podemos e devemos abrir caminho para objetivos maiores, resgatando a agenda da 2ª Conclat por um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com Valorização de Trabalho e Soberania.

É nosso dever realçar as bandeiras imediatas e históricas da classe trabalhadora no bojo do novo projeto nacional, associando-as ao fortalecimento do mercado interno e à melhor distribuição da renda nacional. É o caso, entre outras, da redução da jornada de trabalho sem redução de salários, reforma agrária e fortalecimento da agricultura familiar, coibição da demissão sem justa causa, fim do fator previdenciário, reforma tributária progressiva e integração solidária dos povos e nações latino-americanos.

Desenvolvimento com valorização do trabalho

Transparece na crise a necessidade de aprofundar o processo de mudanças e transitar para um novo projeto de nação. A história nos ensina que não é possível alcançar tal objetivo sem grandes mobilizações e lutas. Por isto, é indispensável elevar a consciência e o protagonismo da classe trabalhadora na vida política nacional. Porém é muito difícil senão impossível conseguir isto sem uma sólida unidade do movimento sindical.

Na atual conjuntura, a campanha da CUT é um grave erro histórico, pois desvia a atenção dos trabalhadores das questões principais da pauta nacional e elege como prioritário um tema que, além de secundário, divide e enfraquece os sindicatos. Objetivamente, independentemente das vontades individuais e dos discursos, isto faz o jogo das forças conservadoras e de direita. 

Nossa expectativa é que os dirigentes cutistas façam uma reflexão crítica e autocrítica sobre o assunto e tenham a sensatez de compreender os prejuízos políticos que a ênfase na ação diversionista causa ao sindicalismo nacional e à classe trabalhadora, pois queremos a CUT ao lado das outras centrais na árdua batalha para concretizar a agenda da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).

Wagner Gomes é presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

quarta-feira, 21 de março de 2012

Homenagem a meu pai Pedro Felix de Brito

Poema Para Pedro

I
Lembro um homem sofredor
E uma dúzia de irmãos,
Foi criado em Tangará;
Herói dos nossos sertões.

II
Certo dia de São Pedro
Chegou para o nosso mundo,
Numa seca passou fome
Mas jamais foi vagabundo

III
Era ainda adolescente
Quando foi acidentado,
Oitenta por cento ou mais
Do seu corpo foi queimado

IV
Ironia do destino:
Sem ter culpa ou ser bandido,
Numa casa em Macaíba
Viveu bom tempo escondido

V
O motivo a gente sabe:
Das marcas da queimadura
Se sentia constrangido
Fazendo a vida mais dura.

VI
Depois com disposição,
Sem preconceito ou revolta
Veio morar em Natal,
Trabalhar no Jota Mota.

VII
Casou-se já quarentão
A esposa quarenta e dois,
Somente um filho gerou,
Outro não teve depois.

VIII
Seu filho, agora, homem feito,
De um sindicato é suplente,
Trabalha em supermercado
É talentoso e decente.

IX
O herói desta poesia
Adquiriu na Zona Norte.
Com certeza em Igapó
Um terreno de bom porte.

X
Sem dinheiro para o frete,
O bastante para o pão...
Carregava nas costas
Madeira par construção.

XI
E a casa foi construindo,
Mais outras para alugar,
Almejando aumentar
A renda familiar

XII
Gostava de pescaria
Seu esporte preferido,
Trabalhou no Machadão
Onde logo foi ferido.

XIII
Aquilo como foi triste...
Seu olho foi atingido,
Vitima no seu trabalho
Não ficou constrangido

XIV

Sua vida foi levando
Sem soltar nenhum lamento,
Não sabia que o destino
Traria mais sofrimento

XV
Dez meses foi o suficiente
Um câncer lhe maltratou,
O nosso herói agora fraco
Do bruto câncer tombou.

XVI
Assim com veracidade
Falei de um trabalhador,
O nome dele era Pedro
Um guerreiro e lutador

XVII
O seu filho unigênito,
O Brito do Nordestão,
Tem orgulho de seu pai
Um verdadeiro paizão

XVIII
Para Pedro, pai exemplar,
Com prazer fez este poema.
Que vá para o Eterno Lar
Quando o Juízo for tema.

                                                                                          Fim.

                                                      Poeta e trovador                      
                                                                                     S. Campêlo
                                                                                            21/03/12.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O candidato Nastagnan Batista, da chapa 1, foi reeleito na tarde desta terça-feira, 13, para a presidência dos Sindicatos dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Passageiros do Rio Grande do Norte (Sintro-RN). Depois de uma votação tumultuada ocorrida na segunda-feira, quando eleitores compareceram às urnas portando armas, a expectativa era de mais tensão. No entanto, a presença do Ministério Público do Trabalho(MPT), da Polícia Federal e da Polícia MIlitar garantiram tranquilidade à contagem dos mais de 3.600 votos. Esta foi a primeira vez que o MPT precisou intervir na eleição do sindicato, conhecido por brigas internas acaloradas.
O caminho até a eleição foi longo. O pleito, que deveria ter ocorrido no dia 3 desse mês, foi suspenso por determinação da juíza Lisandra Cristina Lopes, da 7ª Vara do Trabalho de Natal, depois de ter concedido antecipação de tutela ao pedido de Júnior Rodoviário, também candidato, que alegou a ocorrência de irregularidades no processo eleitoral conduzido pela diretoria do Sintro-RN, como a filiação de motoristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

A partir daí veio a intervenção do MPT, em fevereio passado, quando o procurador Regional do Trabalho, José de Lima, se reuniu com os candidatos ao pleito para  que chegassem a um consenso. No encontro definiu-se que, a partir de agora,  o mandato da diretoria eleita será de três anos. A nova diretoria também será responsável pela negociação coletiva referente ao biênio 2012/2013,  e o mais importante: eleições monitoradas do início ao fim.

Os acertos e a presença do MPT contribuiu para que, nesta terça, o clima fosse de cordialidade formal entre as chapas. José Ribamar da Silva, membro da chapa 4, acreditava na vitória do grupo, apesar de considerar que as chapas 1 e 2 eram favoritas. "Queremos moralizar o sindicato. Do jeito que está, não dá",  comentou, se referindo ao suposto apoio de políticos a outras chapas.

O motorista Itamar de Lima,  filiado à chapa 2, espera que a presidência lute com mais firmeza pelas questões salariais e pelo pagamento adequado das horas extras. Afastado por um problema na coluna causado pelas oito horas de trabalho diário, Itamar também espera melhoria nas condições de trabalho, e eleogiou a intervenção do MPT. "Se não fosse assim, os prejuízos seriam maiores", contou.

Tanto a apuração quanto a votação foram filmadas, medida que visava barrar a ocorrência de  irregularidades - como votos duplicados - verificadas, segundo filiados, nas eleições anteriores. Outro destaque foi a participação dos sindicalistas na contagem dos votos,  o que garantiu transparência à apuração.  A próxima eleição, segundo o MPT, deve contar com o auxílio de urnas eletônicas.

Questionado sobre a possibilidade de investigar as irregularidades internas do Sintro,  o procurador e árbitro  José de Lima,  disse que a interveção do MPT se encerrava na apuração. "O pleito foi conduzido com todo o cuidado e reponsabilidade,  foi pra isso que fomos acionados", comentou. Segundo o procurador, o resultado da votação pode ser questionado na Justiça, mas ele acredita que não há razões para isso.

"É neste momento que vemos como vale a pena trabalhar", comentou o presidente reeleito, Nastagnan  Batista. A luta dos rodoviários, segundo o presidente, focará o aumento dos salários de motoristas e cobradores do Estado. "A classe não é valorizada pelos empresários como deveria". O Sintro/RN possui mais de quatro mil associados que contribuem, mensalmente, com 2% do salário,  o que dá, em média, R$ 25,00 por associado

quinta-feira, 15 de março de 2012

Projeto de Lei

O deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ) está articulando a criação de um Projeto de Lei (PL) para regulamentar a atividade de prostituta no Brasil. A iniciativa de Wyllys se baseia em projetos de lei semelhantes, como a legislação alemã, voltada para as profissionais do sexo, e também nos projetos de lei arquivados, dos ex-deputados Fernando Gabeira e Eduardo Valverde.

Segundo a justificativa elaborada para a proposição do projeto, a prostituição é uma “atividade cujo exercício remonta à antiguidade, e que, apesar da exclusão normativa e da condenação do ponto de vista dos ‘bons costumes’, ainda perdura”.

O deputado Jean Wyllys, defende a criação da profissão de prostituta, pois a sociedade apesar de discriminar, utiliza-se das práticas da prostituição: “A mesma sociedade que desaprova a prostituição a utiliza. Essa hipocrisia e moralismo superficial causa injustiças, a marginalização de um segmento considerável da sociedade e também a negação de direitos aos profissionais cuja existência nunca deixou de ser fomentada. Desenvolver a cidadania das e dos profissionais de prostituição caminha no sentido da efetivação da dignidade humana”, argumenta.

O projeto de lei prevê medidas de combate à exploração sexual infantil e diferenciação jurídica de casos em que prostitutas viajam ao exterior para desenvolverem a atividade de forma voluntária e de casos em que mulheres são atraídas e transformadas em escravas sexuais.

Jean Wyllys argumenta em defesa do projeto afirmando que “o atual estágio normativo, que não reconhece os trabalhadores do sexo como profissionais é inconstitucional e acaba levando e mantendo esses profissionais no submundo, na marginalidade. Precisamos resgatá-los para o campo da licitude”, diz o deputado, segundo informações em seu site. Participam da elaboração do projeto integrantes da organização “Da Vida”, ligada às profissionais do sexo.
Fonte: Gospel+

quarta-feira, 14 de março de 2012

paparazzo de trabalhador




O trabalhador sempre passando por situação vexatória seja dentro de uma loja , no chão de uma fabrica ate mesmo na rua , onde se imagina trabalhar com um pouco mais de liberdade, sem que o patrão esteja na cola  veja este camarada de camisa verde , esta tirando fotos , de sua empregada , a cada panfleto que ela entrega nos carros e fotografada pelo chefe .

Trabalhador em situação de risco

 Desta forma que trabalhadores terceirizados que prestam serviço ao supermercado Nordestao tem que fazer a limpeza de gôndolas, tetos, lâmpadas, vidraças etc   em uma sem nem mesmo uma outra pessoa para segurar a escada , existe equipamentos para desenvolver tarefas desta natureza , a cerca de aproximadamente 6 anos um trabalhador do próprio supermercado caiu de uma desta escadas e perdeu o braço , passou vários anos pela pericia , e não recebeu Neum tipo de indenização por isto , exercia a função de fiscal de caixa e ainda foi rebaixado para a função de segurança imagine um segurança sem um dos braços tendo em vista que hoje o trabalhador morre mutilado mais não tem direto a aposentadoria enquanto tiver respirando, por falar nisso  este não é o único caso tem vários ,   um segurança em serviço sofreu um acidente de moto , onde perdeu a perna nada de indenização muito menos aposentadoria e ainda esta com processo na justiça , e a empresa como sempre se nega e recorre imagine ,um segurança sem perna e outro sem o braço  . 

domingo, 11 de março de 2012

TERROR NAS AGÊNCIAS DOS CORREIOS

Doze agências dos Correios já foram assaltadas este ano no RN
Uma onda de assaltos a agências dos Correios está ocorrendo desde janeiro no Rio Grande do Norte, especialmente no interior do Estado. Já foram pelo menos 12 agências assaltadas, das 196 agências existentes em Natal e no interior do Estado. Para tentar minimizar o problema, e garantir mais segurança para os funcionários da empresa, a diretoria regional dos Correios fez uma reunião essa semana com o comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Canindé de Araújo, para pedir mais policiamento. Da reunião com a cúpula da PM ficaram definidas estratégias, tanto da corporação, quanto dos Correios para ampliar a segurança para clientes e funcionários.

terça-feira, 6 de março de 2012

duas alegirias

Supermercado colocam anúncios em suas  lojas recrutando trabalhadores , mais não é só porque ,esta abrindo uma nova filial e sobra vagas , antes supermercados só contratavam pessoas que não estudassem para melhor explorar, e só contratam jovens raramente se ver um trabalhador com mais de 40 anos ser admitido, mais hoje ao contrario de tempos passados e com a facilidade oferecida pelo governo para a educação temos centenas de trabalhadores com curso superior trabalhando  em supermercados nos mais variados setores , operador de caixas ,embaladores, abastecimento, deposito ,frios ,açougue, padaria em fim sem nem uma oportunidade para crescer, muitos antigos , onde não existe diferença , salarial todos ganham igual de 10 anos a 10 dias , na verdade quem entra para trabalhar em supermercados de domingo a domingo ,

♥ MARCHA das VADIAS 2012 Natal/RN

Homenagem ao dia das Mulheres

GRITE
PARA NUNCA MAIS NINGUEM TENTAR TE CALAR
FALE MULHER
FALE MESMO FALE MUITO FALE PELOS COTOVELOS DESPEJE SEM DÓ TUDO QUE CALOU FALE SEM MEDO VINGUE O ÓDIO INVOLUNTÁRIO DE TUA LÍNGUA FALE MAIS MULHER COLOQUE PRÁ FORA TODOS OS SAPOS QUE TEVE QUE ENGOLIR FALE! ABRA AS GAVETAS, DESTRAVE AS PORTAS, ESCANCARE AS JANELAS, DECRETE O FIM DA TUA DOR FALE! GARGALHE, GRITE, BERRE TEU NOME PRÁ APAVORAR QUEM TE PENSA CALADA, BURRA, PERIGOSA, SUBMISSA, TRAIDORA, FÚTIL,FALSA FALE MAIS, PRÁ ENFURECER QUEM TE SUBMETEU A CONDIÇÃO DESUMANA DE COISA FALE! GRITE MAIS, GRITE BEM ALTO, URRE!

Fonte: CIM- Centro de Informação da Mulher-SP